É o fim dos influenciadores? A era (já saturada) das IAs como estrelas digitais

Perfis como o de Mia Zelu escancaram o auge e, talvez, o colapso do modelo de influência digital.

Drica Machado

9/8/20251 min read

O caso de Mia Zelu (@miazelu) é um retrato perfeito da era que estamos vivendo: uma influenciadora criada 100% por inteligência artificial, com fotos paradisíacas, lifestyle aspiracional e um engajamento de dar inveja a muito creator humano. Em poucos dias, seus posts acumulam dezenas de milhares de curtidas, milhares de comentários e até interações de marcas verificadas.

À primeira vista, parece o futuro do marketing de influência. Mas talvez seja justamente o início do fim.

Porque por trás da estética perfeita, existe um vazio comercial: os likes não convertem em vendas, os comentários não geram consumo real. É engajamento sem lastro.

Sim, ainda existe um público fascinado que se deixa levar pela ilusão. Mas em paralelo, cresce a saturação. As pessoas já começam a desconfiar do excesso de perfeição. E as marcas, que sustentam essa indústria, percebem rápido quando o resultado não aparece no caixa.

Minha aposta? Essa bolha vai estourar rápido. Em questão de meses, a febre das influenciadoras de IA deve perder força. A mesma velocidade que trouxe hype vai acelerar a queda, porque o mercado precisa de algo que nenhuma máquina consegue entregar: autenticidade.

E é justamente aí que outro movimento ganha tração: o retorno da confiança nos microinfluenciadores, criadores reais, com comunidades pequenas, mas leais, capazes de converter influência em resultado.

O futuro das redes sociais não é sobre quem parece perfeito. É sobre quem consegue, de verdade, conversar e vender.